Presidenciais no Brasil: Sondagens perdem credibilidade

O candidato Lula da Silva está em vantagem nas sondagens para a segunda volta das eleições brasileiras, marcadas para dia 30 de Outubro. De acordo com a “Folha de São Paulo”, a sondagem Ipec — divulgada na segunda-feira — dá a vitória ao candidato do PT com 51% das intenções de voto.

A segunda volta das eleições presidenciais brasileiras estão marcadas para dia 30 de Outubro. REUTERS - PEDRO NUNES

O actual presidente, Jair Bolsonaro (PL), conta com 42%. Segundo o advogado António Garcia, que vive em São Paulo, no Brasil, "existem muitas reticências quanto às sondagens".

"Aqui no Brasil estamos muito reticentes para acreditar nas sondagens, tendo em conta os últimos erros das sondagens. Em geral, as sondagens têm errado muito, geralmente em favor dos candidatos de esquerda. As sondagens estão a perder credibilidade e estes dados - quase com empate técnico - não são levadas em consideração", afirma o advogado, António Garcia.

"Em geral, preferimos ver o que se passa nas ruas ou nos nossos convívios pessoais, para perceber para que lado está a cair esta corrida presidencial. Existe uma pressão dos media muito forte contra o Bolsonaro, a falarem muito mal dele. Há muitas pessoas que se apoiam nisto, não para apoiar Lula, mas para rejeitar Bolsonaro", acrescenta.

O Presidente Jair Bolsonaro voltou a questionar a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro esta terça-feira, 11 de Outubro, antes da segunda volta das eleições de 30 de Outubro.

Jair Bolsonaro pediu aos eleitores que “fiquem na área” do círculo eleitoral onde votam, “até que o resultado seja determinado”. "O resultado será o que todos esperamos, porque o outro lado (a esquerda) não pode unir ninguém", afirmou Jair Bolsonaro num comício perante os seus apoiadores em Pelotas, Israel. Rio Grande do Sul.

Na primeira volta, o Presidente de extrema-direita obteve 43,2% dos votos, atrás de Lula, que com 48,4% dos votos é o favorito para a segunda volta das eleições presidenciais."Como esse cara (Lula) pode ter tantos votos se o povo não está do lado dele", comentou ainda Bolsonaro.