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AUKUS: Pequim denuncia "via errada e perigosa"

A China reagiu esta terça-feira, 14 de março, ao acordo para produção de uma nova geração de submarinos nucleares-AUKUS- lançado ontem pelos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália. Pequim denuncia “uma via errada e perigosa” que beneficia interesses geopolíticos e desrespeita as preocupações da comunidade internacional.

Wang Wenbin, porta voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.
Wang Wenbin, porta voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. AP - Liu Zheng
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As autoridades chinesas criticaram firmemente o acordo para produção de uma nova geração de submarinos nucleares, lançado ontem pelos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.

Pequim denuncia “uma  perigosa” que beneficia os interesses geopolíticos e desrespeita as preocupações da comunidade internacional.

“A última declaração conjunta dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália mostra que estes três países optaram por seguir uma via errada e perigosa, em benefício dos próprios interesses geopolíticos e em total desrespeito das preocupações da comunidade internacional”, disse à imprensa Wang Wenbin, porta- voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

No passado, a China já tinha pedido aos três países para abandonarem “a política de mentalidade da Guerra Fria”.

Moscovo também reagiu. O ministro dos Negócios estrangeiros russo, Sergei Lavrov, acusou o mundo anglo-saxónico de recorrer à aliança AUKUS para construir um bloco e de avançar as infra-estrutas da NATO na Ásia, apostando em longos anos de confrontos.

O director-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, afirmou que deve ser garantido "que não nenhum risco de proliferação emana do projecto".

Ontem, os Estados Unidos, Austrália e Reino Unido lançaram a primeira pedra na cooperação da produção de uma nova geração de submarinos: o SSN-AUKUS. A iniciativa visa fazer face à expansão da China no Pacífico.

As embarcações militares SSN-AUKUS, movidas a energia nuclear e armadas convencionalmente, vão envolver "investimentos significativos" destes três países. Austrália vai comprar pelo menos três submarinos movidos a energia nuclear da classe Virginia, dos EUA, com opção de compra de mais dois.

A assinatura do acordo de segurança AUKUS, formalizada em Setembro de 2021, provocou um clima de tensão com a França, que acusou a Austrália de a abandonar em favor do pacto com o Reino Unido e com os Estados Unidos para enfrentar a expansão da China no Indo-Pacífico.

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