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Andebol

Miguel Martins: «Seria um sonho poder voltar a estar presente nos Jogos Olímpicos»

Ainda estão por determinar seis lugares para integrar o torneio de andebol masculino dos Jogos Olímpicos que vão decorrer em Paris, capital francesa, durante este Verão europeu de 26 de Julho a 11 de Agosto.

Miguel Martins, andebolista português.
Miguel Martins, andebolista português. © AFP - ADAM IHSE
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Seis das doze equipas que estarão presentes no torneio de andebol masculino já são conhecidas: França (anfitriã), Dinamarca, Japão, Argentina, Suécia e Egipto.

Faltam seis nações. Para definir as últimas vagas, doze equipas vão participar em três torneios em que, em cada um, vai apurar duas selecções.

Portugal e Brasil são os dois países lusófonos que ainda podem atingir os Jogos Olímpicos, participando nesses torneios pré-olímpicos.

A selecção brasileira integra o Grupo 1 com Espanha (anfitriã do torneio), Eslovénia e Bahrein, enquanto Portugal vai medir forças no Grupo 3 com Noruega, Tunísia, e o país anfitrião, a Hungria.

Os portugueses iniciam o torneio a 14 de Março frente aos noruegueses, antes de medir forças com a Tunísia a 16 e a Hungria a 17.

De referir ainda que o Grupo 2 é composto por Alemanha, Croácia, Argélia e Áustria.

Miguel MArtins, internacional português.
Miguel MArtins, internacional português. © AFP - DANIEL LEAL

Em entrevista à RFI, Miguel Martins, internacional português, afirmou que o objectivo é estar presente nas Olimpíadas, sendo que para ele a selecção portuguesa está mais forte do que em 2021, quando alcançaram o apuramento para os Jogos de Tóquio no Japão.

RFI: Depois dos jogos com o clube, agora vai ter que mudar novamente o chip, vai ser para a selecção de 14 a 17. Como é que vai ser? É fácil mudar o chip porque já mudou há pouco tempo ainda para o Europeu? 

Miguel Martins: Sim, acho que é fácil mudar o chip. Na selecção estamos com um grupo espectacular. Temos feito cada vez melhores resultados na selecção, temos melhorado imenso. Estivemos presentes nos Jogos Olímpicos de Tóquio e queremos muito estar presente agora aqui em Paris, nos Jogos Olímpicos. E acreditamos que é possível. Vamos jogar na Hungria. A Hungria fez um excelente europeu e também a Noruega que tivemos no grupo e conseguimos ganhar, desta vez no Europeu conseguimos ganhar à Noruega, mas sabemos que vão ser três jogos em que eu diria que a probabilidade é 50/50. São três equipas espetaculares. A Tunísia também é uma boa equipa, mas no meu ponto de vista um bocado inferior. Mas estamos a jogar todos a um excelente nível. O Sporting tem ganho a toda a gente na Liga Europa, estão a fazer jogos espetaculares. O Porto agora melhorou bastante, portanto acho que está toda a gente bem e acredito que podemos passar e ir aos Jogos Olímpicos de Paris, que é um grande sonho. 

RFI: Mas também vai jogar um bocado em casa? Vai ser na Hungria. Vai poder dar algumas dicas também sobre esta selecção?

Miguel Martins: O selecionador já conhece bem. Também temos jogado bastante vezes contra a Hungria. Da última vez, vencemos. Mas é sempre um jogo difícil, em que podemos ganhar ou perder. Umas vezes ganhamos, outras perdemos. Mas acredito que a Hungria a jogar em casa vai ter demasiada pressão e acredito que nós começamos a jogar um andebol espectacular que podemos ganhar. E claro que eu vou tentar ajudar a equipa nos pormenores. Conheço muito bem o guarda redes, o pivô, os laterais esquerdos. Vou tentar ajudar ao máximo, mas acredito que o nosso treinador já está a fazer esse trabalho e acredito que nos vai preparar ao máximo para conseguirmos ganhar à Hungria e também às outras. 

RFI: Mas Miguel vai ser um grupo mais complicado do que a última vez? A última vez era Croácia, França e Tunísia novamente. Era mais complicado a última vez ou é sempre complicado?

Miguel Martins: Na minha opinião, se for comparar, eu acho que o outro grupo era mais complicado, até porque nós não estávamos, na minha opinião, no mesmo nível que estamos hoje. Acho que agora as equipas já olham para nós com outro respeito. Acho que já estamos num nível superior. O nosso andebol tem evoluído bastante e acho que o grupo anterior era muito mais difícil, porque lá está, a França jogava em casa e era um jogo muito, muito complicado e a Croácia estava num nível espectacular na altura. E a Tunísia também está sempre ali a um bom nível. Mas desta vez acho que a Hungria e a Noruega são um bocado inferiores nesse aspecto, mas vamos olhar, olhos nos olhos, com eles. Como eu disse, é um jogo de 50/50 com ambos e acredito, sinceramente, como estamos a jogar, que podemos ganhar e ficar em primeiro do grupo. 

RFI: O que representaria estar em Paris, numa cidade que tem muitos portugueses?

Miguel Martins: É assim acima de tudo, depois de estar nos Jogos Olímpicos de Tóquio que para nós era um sonho, poder voltar a estar, passados quatro anos, noutros Jogos Olímpicos, eu diria que era espectacular. Era a cereja no topo do bolo. Há quem brinca a dizer que já podíamos morrer depois de estar duas vezes nos Jogos Olímpicos, há quem brinca com isso. Mas pronto, por ser em Paris, é espectacular, claro. Paris é incrível, uma cidade com muitos portugueses. Eu adoro Paris. E, pronto, representava um orgulho incrível estar aqui e poder mostrar aos portugueses daqui que Portugal é espectacular e que podemos fazer coisas grandes. 

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Miguel Martins sobre a Selecção Portuguesa 11-03-2024

Miguel Martins (direita), internacional português.
Miguel Martins (direita), internacional português. © AFP - SYLVAIN THOMAS

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