Julian Assange pode ainda lutar contra extradição para os Estados Unidos
Os tribunais britânicos decidiram hoje que Julian Assange pode ainda recorrer da extradição para os Estados Unidos. O processo vai agora ser avaliado em Maio, com o activista a poder vir a cumprir uma pena de 175 anos numa prisão norte-americana por ter revelado centenas de milhares de documentos confidenciais.
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O Supremo Tribunal de Justiça de Londres decidiu esta manhã que o activista australiano Julian Assange vai poder ainda recorrer do pedido de extradição feito pelas autoridades norte-americanas. Para Maio está marcada agora uma nova audiência em que a justiça britânica vai avaliar o pedido dos Estados Unidos da América e as garantias de dadas por este país a Assange, incluindo que o activista não será condenado à pena de morte.
Em 2010, Julian Assange publicou cerca de 700 mil documentos confidenciais das autoridades norte-americanas, entre eles alguns vídeos, que mostravam que tanto na guerra do Afeganistão como do Iraque, tinham sido atingidos alvos civis e que o Exército norte-americano seria mesmo responsável pela morte de dois jornalistas da Reuteurs.
Entre 2012 e 2019, Julian Assange refugiou-se na Embaixada do Equador. Após esses sete anos, o activista foi detido pela polícia britânica e desde essa altura está preso no estabelecimento prisional de Belmarsh, em Londres.
A família de Julian Assange e os seus advogados alegam que o seu estado de saúde se tem vindo a degradar depois de mais de uma década de confinamento, com as autoridades australianas a questionarem também as possíveis condições de detenção caso haja uma extradição para os Estados Unidos.
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