Revolução dos Cravos
Acompanhe aqui várias reportagens em torno dos 50 anos da Revolução dos Cravos em Portugal. Em Paris e em Lisboa, conversámos com resistentes à ditadura portuguesa, pessoas que viveram a repressão, a censura, a prisão, a clandestinidade, a luta armada, o exílio, a guerra e a “Revolução dos Cravos”. Todas as semanas, até ao final da Abril, há novos episódios.
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"Revolução dos Cravos": "A libertação das vozes e das utopias"
O livro “La Révolution Des Oeillets Au Portugal – Du pouvoir populaire au pouvoir parlementaire” ["A Revolução dos Cravos em Portugal – Do poder popular ao poder parlamentar"], de José Rebelo e Maria Inácia Rezola, é lançado, em França, na semana dos 50 anos do 25 de Abril. A obra junta reportagens escritas entre 1975 e 1976 por José Rebelo, então correspondente do Le Monde em Lisboa, acompanhadas por uma contextualização histórica. Foi o período da "libertação das vozes e das utopias".26/04/202438:03 -
“Que força é essa” Sérgio Godinho?
Sérgio Godinho criou canções que são símbolos de liberdade e de resistência, mas não se revê na etiqueta de música de intervenção. Diz simplesmente que se limita a falar da vida. Nos 50 anos do 25 de Abril, convidámos o músico, cantor, compositor, poeta, escritor, actor, “homem dos sete instrumentos”, para falar sobre os tempos da ditadura, do exílio e da criação dos seus primeiros discos.25/04/202431:05 -
Vasco Lourenço, capitão de Abril, recorda “o interior da Revolução”
Vasco Lourenço é um dos mais conhecidos "capitães de Abril" que conspirou para o golpe que acabou com 48 anos de ditadura em Portugal. Nos 50 anos da Revolução dos Cravos, o presidente da Associação 25 de Abril recorda as origens da conspiração, o dia do golpe e a importância que este teve para Portugal e para os territórios que lutavam pela independência. “Um acto único na história universal”, resume.24/04/202423:49 -
Antigo membro da LUAR conta a fuga de Palma Inácio da prisão no Porto
Fernando Pereira Marques ajudou o histórico líder da LUAR, Hermínio da Palma Inácio, a fugir da prisão da PIDE no Porto, em Maio de 1969, graças a umas serras que lhes chegaram dentro de uma agenda almofadada e que depois esconderam em latas de leite em pó, mas também em pão e pantufas. Nos 50 anos do 25 de Abril, o autor de “Uma Nova Concepção de Luta” conta-nos a história dessa evasão e recorda momentos-chave desta organização de luta armada contra a ditadura portuguesa.23/04/202420:43 -
Casal “revolucionário” da ARA lembra história do braço armado do PCP
Raimundo Narciso, um dos fundadores da ARA, o braço armado do PCP que esteve em actividade entre 1970 e 1973, e Maria Machado, a esposa que ajudava a preparar os engenhos explosivos na cozinha, contaram à RFI algumas das histórias desta organização de resistência armada à ditadura. Cinquenta anos depois do derrube da ditadura em Portugal, o casal “revolucionário” recorda, ainda, como era viver na clandestinidade e na luta permanente.22/04/202416:03 -
As lutas estudantis contra a ditadura
Em vários momentos, os estudantes enfrentaram o Estado Novo e as suas forças repressivas. Reclamaram liberdade de expressão e de associação, criticaram o autoritarismo do regime e pediram o fim da guerra colonial. Neste programa, ouvimos algumas pessoas que participaram nas crises académicas de 1962, de 1965 e no movimento contestatário dos liceus no início da década de 70.21/04/202423:38 -
Isabel do Carmo, uma mulher de armas contra a ditadura
Isabel do Carmo foi co-fundadora das Brigadas Revolucionárias, uma das organizações de resistência armada à ditadura portuguesa. Nos 50 anos do 25 de Abril, ela contou-nos algumas das acções mais emblemáticas das Brigadas Revolucionárias, desde o ataque às instalações da NATO, na Fonte da Telha, à destruição de chaimites destinados à guerra colonial e à largada de porcos vestidos de almirante nas ruas de Lisboa.19/04/202423:54 -
“Peniche foi uma grande escola” contra a ditadura
“As cadeias eram centros de organização política” durante o Estado Novo e “Peniche foi uma grande escola”. Quem o diz é o historiador Fernando Rosas que conheceu as prisões do regime ditatorial português e contou à RFI os tempos de luta política contra o regime que tentava calar, prendia e torturava os opositores políticos. A repressão intensificou ainda mais a revolta dos presos que, atrás das grades, se prepararam “para continuar a luta”.16/04/202426:50 -
“Em nome das Forças Armadas viemos dizer-lhe que está liberta!”
Helena Neves estava presa em Caxias no dia 25 de Abril de 1974. Era a terceira vez que estava na prisão e foi das últimas pessoas detidas durante a ditadura portuguesa. Cinquenta anos depois, Helena Neves contou-nos como os militares libertaram Caxias e falou-nos das lutas que travou durante a ditadura, as torturas que sofreu nas mãos da PIDE e como fintou o “lápis azul” em tempos de censura nos jornais e na edição de livros.15/04/202415:44 -
Fugir da prisão de Caxias no carro de Salazar e casar em Peniche
Domingos Abrantes e Conceição Matos são figuras emblemáticas do Partido Comunista Português e a forma como resistiram à ditadura forjou essa reputação. Ele passou onze anos nas cadeias do regime e fugiu de Caxias num carro blindado de Salazar. Ela foi brutalmente torturada pela PIDE nas duas vezes em que esteve presa. Casaram na prisão de Peniche, chegaram a viver em Paris e regressaram depois do 25 de Abril de 1974 no “avião da liberdade” ao lado de Álvaro Cunhal.09/04/202431:05 -
Helena Pato e a “noite mais longa de todas as noites”
Helena Pato é a autora de “A Noite Mais Longa de Todas as Noites”, um livro em que conta a sua experiência de resistente antifascista durante o obscurantismo que dominou Portugal até à “Revolução dos Cravos”. Durante a ditadura, foi militante do PCP, dirigente estudantil, presa política e fundadora do Movimento Democrático de Mulheres, entre outras lutas. Depois do 25 de Abril de 1974, o seu combate é pela memória para que “essa noite não volte”.05/04/202425:04 -
Fundador da LUAR conta tempos de resistência armada à ditadura
Armando Ribeiro era chamado “comandante” pelos companheiros e “falsificador” pela PIDE. Foi um dos fundadores da LUAR, Liga de União e de Acção Revolucionária, e, aos 80 anos, conta-nos algumas das acções deste grupo de resistência armada à ditadura portuguesa. Armando Ribeiro viveu seis anos na clandestinidade, escapou à prisão, transportou armas 3.000 quilómetros Europa fora, participou na tentativa frustrada de tomada da Covilhã e no assalto a Consulados de Portugal para obter passaportes.04/04/202435:33 -
Resistir com letras de chumbo e muita luta na clandestinidade
O que foi crescer na clandestinidade durante a ditadura em Portugal? Gonçalo Ramos Rodrigues mergulhou nessa luta ainda criança e, aos 14 anos era, com a irmã, o principal “compositor” das páginas que saíam da tipografia clandestina dos pais. Aos 24 anos, foi obrigado a exilar-se em Paris, onde angariava fundos para ajudar as famílias dos presos políticos em Portugal, mas continuava a sentir a vigilância da PIDE. Gonçalo continua em França, tem 82 anos e contou-nos a sua história.31/03/202420:47 -
Os "invisíveis" de Paris que lutaram contra a guerra colonial e a ditadura
Paris foi um abrigo para muitos exilados portugueses e inscreveu-se no mapa das lutas políticas contra a ditadura e a guerra colonial. Comités de apoio a desertores, jornais, concertos de música de intervenção, teatro, angariação de fundos para as famílias de presos políticos e para os trabalhadores em luta em Portugal foram algumas das formas encontradas na emigração para resistir à ditadura portuguesa.30/03/202427:23 -
Francisco Fanhais e os tempos da gravação de “Grândola Vila Morena”
Francisco Fanhais assumiu a música como uma forma de resistência à ditadura portuguesa e diz que “apanhou o comboio dos cantores que lutavam contra o regime”. Em 1971, esteve com José Afonso, José Mário Branco e Carlos Correia no Château d’Hérouville a gravar a música que ainda hoje é o emblema da "Revolução dos Cravos": “Grândola Vila Morena”. Francisco Fanhais recorda-nos esse tempo.23/03/202426:53
Acompanhe aqui várias reportagens em torno dos 50 anos da Revolução dos Cravos em Portugal. Em Paris e em Lisboa, conversámos com resistentes à ditadura portuguesa, pessoas que viveram a repressão, a censura, a prisão, a clandestinidade, a luta armada, o exílio, a guerra e a “Revolução dos Cravos”. Todas as semanas, até ao final da Abril, há novos episódios.