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Cabo Verde

Morte causada por violência doméstica baseada no género está a chocar Cabo Verde

Em Cabo Verde, a morte de uma mulher de 22 anos atacada alegadamente pelo seu companheiro em Gil Bispo, município de Santa Catarina, na ilha de Santiago, no domingo, está a chocar os cabo-verdianos. Reagindo ontem a este caso de violência baseada no género, o Presidente cabo-verdiano falou em “nódoa” para o país.

Depois de constatarem uma diminuição dos crimes de violência baseada no género em 2019, as autoridades cabo-verdianas deram conta no ano passado de um aumento destes casos rondando os 16% durante o ano de 2022.
Depois de constatarem uma diminuição dos crimes de violência baseada no género em 2019, as autoridades cabo-verdianas deram conta no ano passado de um aumento destes casos rondando os 16% durante o ano de 2022. Getty Images - Moyo Studio
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"Não podemos crescer e desenvolver o país se continuarmos a ter estes níveis de violência particularmente contra mulheres, meninas e crianças" porque "é uma nódoa que mancha a imagem de Cabo Verde", disse em declarações à imprensa José Maria Neves para quem é preciso "ter uma sociedade com mais paz e mais amizade".

Ao apelar a uma sensibilização neste domínio, o Presidente de Cabo Verde preconizou o "empoderamento das famílias", para "reduzir desigualdades e outras formas de exclusão".

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Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, em declarações recolhidas pela agência Lusa

 

Estas declarações surgem na sequência da morte na manhã de ontem no Hospital Universitário Agostinho Neto, na cidade da Praia, de uma uma jovem mulher de 22 anos após ter sido alegadamente atacada pelo companheiro que está neste momento a ser procurado. A vítima, residente em Gil Bispo, no município de Santa Catarina, na ilha de Santiago, deixou um filho menor, indicaram as autoridades.

Reagindo igualmente a esta ocorrência, o Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG) também fez uma chamada de atenção sobre este caso. "O simbólico mês da mulher ainda não terminou e a sociedade cabo-verdiana é confrontada com o segundo caso de homicídio com base em violência baseada no género de 2024, uma jovem de Santa Catarina de Santiago, atacada pelo seu companheiro", referiu esta instituição em comunicado.

No mesmo sentido, a autarquia de Santa Catarina agendou uma marcha pelo fim da violência contra as mulheres, amanhã, na data em que se assinala o Dia da Mulher Cabo-verdiana.

Refira-se que depois de constatarem uma diminuição dos crimes de violência baseada no género em 2019, as autoridades cabo-verdianas deram conta no ano passado de um aumento destes casos rondando os 16% durante o ano de 2022.

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