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Guiné-Bissau

Guiné-Bissau: Recenseamento eleitoral envolto em polémica

Alguns partidos políticos da Guiné-Bissau alertam para o facto de se estarem a recensear cidadãos estrangeiros, numa tentativa de manchar as legislativas marcadas para o Junho do próximo ano. O Director-Geral do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral, Gabriel Djibril Baldé, nega as acusações, acrescentado que o processo de recenseamento está a respeitar a lei eleitoral do país.

O GTAPE é o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral, responsável pelo recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau.
O GTAPE é o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral, responsável pelo recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau. © Aliu Candé
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Nos últimos dias tem havido denúncias de alguns partidos políticos guineenses de que cidadãos estrangeiros, nomeadamente da Guiné-Conacri, estavam a ser recenseados.

Algumas vozes falam na preparação de “um esquema fraude eleitoral”, no âmbito das eleições legislativas marcadas para 4 de Junho de 2023.

Contactado pela RFI, o diretor-geral do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral, Gabriel Djibril Baldé, nega as acusações, acrescentado que o processo de recenseamento está a respeitar a lei eleitoral do país.

“Nós não temos conhecimento disso. Nós demos uma orientação bem clara. O que está na lei é que o cidadão deve apresentar documentos oficiais do Estado da Guiné-Bissau. No caso de ausência de documentação, a pessoa deve apresentar duas testemunhas recenseadas. É isso que está a acontecer, são as essas as directrizes que estamos a dar”, garante.

Ainda assim, o responsável explica que se um cidadão proveniente da Guiné-Conacri ou da Tanzânia apresentar um cartão de cidadão da Guiné-Bissau pode recensear-se.

“Se um cidadão da Guiné Conacri ou da Tanzânia tiver documento de identificação nacional tem de ser recenseado porque o nosso gabinete não é responsável pela emissão da identificação. Há responsáveis que emitiram o bilhete e, por exemplo, certidão ou registo nacional. Nesse caso não temos problema em recensear qualquer cidadão que apresente peça de identificação guineense”, refere.

No entanto, Gabriel Djibril Baldé reitera que “até ao momento não nos apareceu nenhuma prova de esta estamos a recensear estrangeiros”.

Com a colaboração do nosso correspondente em Bissau, Mussá Baldé.

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