Controvérsia marca fim do recenseamento eleitoral em Moçambique
Em Moçambique, foram recenseados mais de 8 milhões de eleitores para as eleições autárquicas de Outubro, no entanto, o fim do processo de recenseamento ficou envolto em polémica.
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Regina Matsinhe, porta-voz do Secretariado técnico de administração eleitoral, defendeu que
"Nós tínhamos uma projecção de 9 milhões, 877 mil e 929 eleitores e foram inscritos 8 milhões, 387 mil e 583 eleitores, que perfaz então esta globalização percentual de 84.91%. A fase de verificação de dados começou no dia 5 e termina no dia 8, caso o cidadão tenha detectado no seu cartão de eleitor algum problema, alguma falha nos seus dados pessoais pode dirigir-se para poder solicitar a correcção", salientou, em entrevista à agência de notícias Lusa.
Ouça aqui as declarações de Regina Matsinhe:
Regina Matsinhe, Moçambique, 07-06-2023
Já a Renamo, maior partido da oposição, contesta o recenseamento terminado no passado dia 3, visando as eleições autárquicas de Outubro, alegando que a Frelimo, partido no poder, manipulou a operação. As palavras foram proferidas por José Manteiras, porta-voz do partido.
"A Renamo exige a anulação e a auditoria do recenseamento eleitoral e a realização de um novo, que seja imparcial e isento de manipulação e vícios, por forma a garantir eleições livres, justas e transparentes. Convocamos, desde já, todos os moçambicanos, do Rovuma a Maputo, para que se juntem à nossa luta, agindo energicamente contra esta tentativa de matar a democracia e perpetuar a ditadura porque aceitar este recenseamento eleitoral será aceitar a fraude eleitoral", referiu.
Ouça aqui José Manteigas, porta-voz do partido da perdiz:
José Manteigas, Moçambique, 07-06-2023
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