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França / Estados Unidos

Macron e Biden mantiveram conversa telefónica sobre estratégia perante a China

O Presidente Macron manteve ontem à noite uma conversa telefónica com o seu homólogo americano, em que foram abordados os conflitos da Ucrânia, do Sudão, bem como as tensões no Mar da China, dez dias depois da deslocação do chefe de Estado francês a Pequim, uma visita durante a qual expressou um posicionamento ligeiramente diferente da linha seguida pelos Estados Unidos, gerando incompreensão entre os seus aliados.

O Presidentre Macron conversou ontem à noite ao telefone com Joe Biden designadamente sobre a sua recente visita à China.
O Presidentre Macron conversou ontem à noite ao telefone com Joe Biden designadamente sobre a sua recente visita à China. AFP - THOMAS COEX
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"A Europa não tem qualquer interesse numa aceleração da crise em torno de Taiwan e deveria seguir uma estratégia de autonomia estratégica em relação aos Estados Unidos e à China no intuito de se tornar um 'terceiro pólo'". Este foi o teor das declarações do Presidente francês à imprensa ontem à noite após uma conversa telefónica com o seu homólogo americano, a primeira desde a sua polémica visita à China.

Esta visita efectuada juntamente com a Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, cujo objectivo inicial era mostrar uma frente comum dos europeus face à China, acabou sobretudo por mostrar as divergências entre os ocidentais, tanto mais que ela coincidiu com manobras militares da China junto de Taiwan, território separatista cuja soberania é reclamada por Pequim que ainda hoje disse que não vai fazer "nenhuma concessão" sobre essa questão.

Nos relatos sobre a conversa entre Biden e Macron feito pelo Eliseu e por Washington, as divergências de posição são menos óbvias, mas continuam patentes nas entrelinhas. Num comunicado muito breve, a Casa Branca refere que os dois dirigentes "reafirmaram a importância de manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan".Já a presidência francesa não menciona directamente Taiwan, limitando-se a dizer que a França e os Estados Unidos estão ambos empenhados em "apoiar o direito internacional, incluindo a liberdade de navegação, na região Indo-Pacífico". 

Também de acordo com o Eliseu, o Presidente francês que acredita que a China pode ter um papel a desempenhar para se alcançar a paz na Ucrânia, reafirmou ontem na sua conversa com Biden, a sua vontade de ver os europeus "rearmarem-se para assumir as suas responsabilidades na partilha do fardo da segurança transatlântica".

Noutro aspecto, a presidência francesa também menciona que ambos os chefes de Estado evocaram a situação do Sudão qualificada de "extremamente preocupante".

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