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Moçambique

MDM denuncia sérias irregularidades no processo de recenseamento em Sofala

O processo de recenseamento eleitoral com vista as eleições gerais marcadas para o dia 9 de Outubro decorre em todo o país e está a ser marcado por sérias irregularidades em todos os distritos da província de Sofala, no centro de Moçambique, segundo o Movimento Democrático de Moçambique, terceira maior força política no país.

Eleitores durante autárquicas de 2023. (foto de arquivo)
Eleitores durante autárquicas de 2023. (foto de arquivo) © LUSA - ANDRÉ CATUEIRA
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Foi o próprio delegado provincial do MDM, Marcelino Manhoso, em Sofala, que deu conta da ocorrência de situações que podem minar a transparência do processo e colocar em causa os resultados das eleições gerais marcadas para o dia 9 de Outubro deste ano. 

"Na maioria dos distritos, assiste-se à não entrega de cartões aos inscritos, por conta de supostas avarias de 'mobiles' onde chegam a levar 3 a 4 dias para levantar o cartão. Na escola primaria Completa Agostinho Neto, aqui na Beira, os cartões só são entregues 2 dias depois. E ao ser entregue o cartão, primeiro retira-se o número. Portanto é o mesmo cenário que estava a acontecer aquando do recenseamento eleitoral para as autarquias" denunciou esse responsável político.

Marcelino Manhoso deixa um apelo aos órgãos de gestão eleitoral. "Deixem o comportamento e atitudes frelimistas. Primem pela observância da lei da gestão do processo eleitoral" reclamou o delegado provincial do MDM em Sofala.

O processo de recenseamento eleitoral decorre desde o dia 15 de Março e até ao dia 28 de Abril corrente em todo o país. Na diáspora, a inscrição de possíveis eleitores tem lugar desde o dia 30 de Março e prolonga-se até ao 28 de Abril. 

Refira-se que certas vozes da sociedade civil têm emitido críticas ao processo de preparação das eleições, nomeadamente no que tange à possível falta de observadores da oposição no recenseamento, para além de alegadas avarias de máquinas envolvidas no processo.

Apesar de reconhecer obstáculos, como inundações e insegurança em certas áreas, a Comissão Nacional de Eleições não deu conta da intenção de prolongar o processo, esta entidade tendo declarado no passado dia 9 de Abril ter já recenseado 60% dos eleitores até essa data.

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