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Ruanda

Diplomata ruandês nega que acordo de extradição com Moçambique sirva para perseguir opositores

O Alto Comissário do Ruanda em Mocambique nega que o acordo de extradição assinado entre os dois países tenha por objectivo a perseguição de opositores políticos do presidente Paul Kagame. Donat Ndamage considera que este será sim um importante instrumento para prender e julgar criminosos incluindo aqueles que tenham participado no genocídio de 1994 e que estejam refugiados em Mocambique. 

Donat Ndamage, Alto Comissário do Ruanda em Mocambique, nega que acordo de extradição sirva para perseguir ruandeses em Moçambique.
Donat Ndamage, Alto Comissário do Ruanda em Mocambique, nega que acordo de extradição sirva para perseguir ruandeses em Moçambique. © Orfeu Lisboa
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Donat Ndamage, Alto Comissário do Ruanda em Mocambique, saudou no sábado, durante a cerimónia de homenagem aos 30 anos do genocídio no Ruanda que decorreu em Maputo, a aprovação pelo Parlamento moçambicano do acordo de extradição assinado em 2021 com o Ruanda e apontou os ganhos que virão deste entendimento entre os dois países.

"Alguns países começaram a processar aqueles que cometeram o genocídio no Ruanda e encorajamos todos os países a fazerem o mesmo para que as pessoas que estão escondidas nesses países também sejam processadas. Usando esse quadro, esse instrumento legal de possibilidade de extradição dos ruandeses que estão escondidos em Moçambique, isso seria uma vantagem", disse o diplomata ruandês.

Contra os temores de alguns seguimentos da sociedade moçambicana e de ruandeses que vivem em Moçambique, Donat Ndamage nega que este acordo de extradição seja usado como instrumento para a perseguição dos opositores politicos do presidente Paul Kagame.

"O problema não é procurar aqueles que são opositores do governo do Ruanda. O acordo é sobre aqueles que cometeram crimes e se esconderam em Moçambique ou sobre os moçambicanos que podem-se esconder em Ruanda, portanto não se trata da oposição", defendeu.

O Alto Comissário do Ruanda em Moçambique liderou no sábado a cerimónia dos 30 anos do genocídio de 1994 contra os tutsis, uma data assinalada em vários pontos do Mundo na última semana.

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