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Angola

"Segurança alimentar é o pilar fundamental de Angola"

A ministra angolana das Finanças afirma que a segurança alimentar é o pilar fundamental do Plano de Desenvolvimento Nacional até 2027. Em entrevista à agência de notícias Lusa, Vera Daves reconhece a existência de um desequilíbrio entre o que se importa e o que se exporta, uma situação que acaba por ter um impacto na vida da população angolana.

Vera Esperança dos Santos Daves de Sousa, ministra das Finanças de Angola.
Vera Esperança dos Santos Daves de Sousa, ministra das Finanças de Angola. LUSA - AMPE ROGÉRIO
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Em entrevista à agência de notícias Lusa- à margem das reuniões de primavera 2024 do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial que decorrem nos EUA- a responsável angolana pela pasta das Finanças, Vera Davos, diz que a segurança alimentar é umas das grandes preocupações, reconhecendo que a fraca produção interna representa uma fonte de pressão sobre o preço dos alimentos.  

“Temos uma grande preocupação com a segurança alimentar, não apenas porque entendemos que a grande fonte de pressão sobre os preços e os indicadores sociais- sob o ponto de vista de acesso àquilo que é básico, que são os alimentos- está diretamente relacionado com a nossa capacidade de produção interna”, referiu.

A ministra angolana das Finanças admite que existe no país um desequilíbrio entre o que se importa e o que se exporta, uma situação que acaba por ter um impacto na vida da população angolana.

“Importamos demais e exportamos pouco. Esse desequilíbrio causa muito estresse quando do lado do produto, que é a nossa principal fonte de exportação, temos uma performance na produção ou no preço menor do que o esperado, logo há menos divisas para pagar pelos alimentos e temos que importar. Isso se reflete na oferta, se reflete no preço, se reflete nas condições de vida da população”, detalhou.

Vera Davos afirma que Angola precisa de sair deste ciclo vicioso, destacando os esforços que têm sido feitos no desenvolvimento da agricultura familiar e naagricultura empresarial, esforços que pretendem acabar com o “gap" que existe na procura de alimentos.

“É um ciclo vicioso do qual temos que sair. Por isso é que a segurança alimentar é um pilar fundamental do nosso Plano de Desenvolvimento Nacional até 2027. Nos últimos anos, está a ser feito um grande investimento, mão nível da agricultura familiar, mas também cada vez mais na agricultura empresarial. Precisamos de escala, negócio estruturado o suficiente para que consigamos fechar o gap em termos de procura de alimentos internamente e depois, eventualmente, exportar para os países da região”, concluiu.

AJPD pede aos deputados para debaterem problemas dos angolanos

Face ao aumento do custo de vida e aos baixos salários dos angolanos, a Associação Justiça, Paz e Democracia enviou, no passado dia de 8 de Abril, uma carta aberta aos deputados instando-os a agendar um debate, no Parlamento, para discutirem os problemas que afectam os trabalhadores angolanos.

“No contexto da luta das centrais Sindicais de Angola pelos direitos dos trabalhadores angolanos [instamos os deputados] a realizarem uma sessão plenária para discussão do real poder de compra dos salários , das soluções que o governo tem dado nos últimos vinte anos à contínua reivindicação de um salário justo pelos trabalhadores (as)- angolanos (as) a repressão do direito à greve (…) e as grandes dificuldades por causa do custo de vida incompatível com o poder de compra dos salários que os trabalhadores (as) auferem”, pode ler-se no documento.

Contacto pela RFI, o presidente da Associação Justiça Paz e Democracia, Serra Bango, disse que ainda não recebeu, até ao momento,nenhuma resposta por parte dos deputados.

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