Acesso ao principal conteúdo

França: Estudantes pró-palestina apelam à intensificação da mobilização

Em Paris, a polícia interveio na Sorbonne para retirar estudantes pró-palestina que tinham instalado tendas dentro do átrio da Universidade. A região de Île-de-France anunciou a  "suspensão" do financiamento para a Sciences Po Paris, um montante de um milhão de euros "previsto para 2024".

Manifestantes com bandeira da Palestina diante do prédio da Sorbonne, em Paris.
Manifestantes com bandeira da Palestina diante do prédio da Sorbonne, em Paris. AP - Christophe Ena
Publicidade

Em Paris, a polícia interveio, na segunda-feira, 29 de Abril,  na Sorbonne para retirar estudantes pró-palestinianos que tinham instalado tendas dentro do átrio da Universidade.

Depois da Universidade Sciences-Po Paris, foi a vez da Sorbonne. A polícia interveio esta segunda-feira, 29 de Abril à tarde, na famosa universidade parisiense para desmobilizar os estudantes que se manifestavam em prol da causa palestiniana e que tinham instalado tendas no interior do estabelecimento. 

Cerca de cinquenta manifestantes foram conduzidos para fora dos edifícios históricos da Sorbonne, no Quartier Latin, e depois afastados em grupos, acompanhados pelas forças policiais.

Alguns estudantes declararam à AFP que a operação policial foi “brutal, com uma dezena de pessoas arrastadas pelo chão” e sem detenções.

A polícia, por seu lado, descreveu a operação como "uma operação que durou apenas alguns minutos" e que "decorreu calmamente, sem incidentes". 

Segundo a sua entourage, o primeiro-ministro Gabriel Attal "pediu que a Sorbonne fosse evacuada rapidamente", como "já tinha pedido para a Sciences Po na sexta-feira".

A região de Île-de-France anunciou a  "suspensão" do financiamento para a Sciences Po Paris, um montante de um milhão de euros "previsto para 2024 no âmbito do CPER (contrato plano Estado-região)", informou a sua presidente, Valérie Pécresse.

As intervenções policiais na Sorbonne, local altamente simbólico das revoltas estudantis francesas, são raras.

O executivo quer evitar que o movimento americano se propague em França. "Não haverá direito ao bloqueio, não haverá tolerância com a acção de uma minoria activa e perigosa que procura impor as suas regras aos nossos estudantes e professores", afirmou o primeiro-ministro Gabriel Attal, este fim-de-semana.

Por outro lado, a oposição de esquerda radical, acusada pelo executivo e pela direita de atiçar a contestação, espera que as mobilizações por Gaza "ganhem força" nas universidades. O sindicato estudantil USL (Union Syndicale Lycéenne) convocou os estudantes do ensino médio para a "mobilização nas instituições por um cessar-fogo na Faixa de Gaza, o reconhecimento do Estado palestiniano e o fim da colonização".

Este fim-de-semana, sindicatos de estudantes - UNEF e Union Étudiante - apelaram à intensificação "a partir de segunda-feira da mobilização nos locais de estudo". A organização de juventude favorável à mobilização pró-palestiniana esbarra agora com a intransigência do Governo, que não quer que o movimento iniciado nos Estados Unidos se propague em França.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.