1° de Maio em França: melhores salários, paz e uma Europa "mais protectora"
Nesta quarta-feira 1° de Maio, dia do trabalhador, decorrem como todos os anos as tradicionais marchas organizadas pelos sindicatos. Milhares de pessoas têm desfilado desde manhã por todo o país com diferentes lemas, melhores salários, mais protecção a nível europeu ou ainda a paz.
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Acaba de arrancar o cortejo parisiense com os principais sindicatos representativos dos trabalhadores. As autoridades esperam cerca de 12 a 15 mil pessoas nas ruas da capital. No resto do país, este novo dia de mobilização começou cedo, tendo havido marchas com milhares de pessoas um pouco por todo o país.
Contrariamente ao ano passado em que o dia 1 de Maio, em plena contestação da reforma do regime de aposentações, tinha reunido um total de 800 mil pessoas a nível nacional segundo as autoridades, hoje as forças da ordem calculam que as marchas acabem por reunir um total de 120 a 150 mil pessoas, sendo que a mensagem unitária de luta do ano passado foi substituída por lemas mais diversificados: melhores salários, menos austeridade, a paz e também mais protecção por parte de Bruxelas, numa altura em que estamos a um pouco mais de um mês das eleições europeias.
As Europeias de 9 de Junho são de facto o prato forte das marchas desta quarta-feira que marcam uma etapa-chave para os candidatos. O líder comunista Fabien Roussel abriu o cortejo de Lille no norte, Manon Aubry, do partido La France Insoumise participou na manifestação de Lyon no leste, sendo que em Saint-Etienne, igualmente no leste, o candidato socialista Raphael Glucksmann foi impedido de se juntar ao cortejo por dezenas de militantes. Acontecimentos reprovados pelo líder de La France Insoumise, Jean-Luc Mélenchon.
As marchas não deixaram igualmente de ser marcadas por alguns incidentes nomeadamente em Nantes, no noroeste, onde se registam degradações de comércios e onde as autoridades usaram gás lacrimogéneo.
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